Funjope e Associação Folia de Rua ressaltam importância das ações de inclusão e acessibilidade

A acessibilidade é um dos aspectos que tem atenção especial da Fundação Cultural de João Pessoa (Funjope) e da Associação Folia de Rua nos eventos e não é diferente durante o Carnaval 2025 – Folia em Sol Maior. Desde a abertura do Folia de Rua, aos desfiles dos blocos na Via Folia, existe uma área dedicada às pessoas com deficiência (PcD), permitindo que todos possam curtir os festejos de Momo com tranquilidade e conforto.

“Nós temos esse cuidado e esse acolhimento à pessoa com deficiência em todos os nossos eventos, desde os editais, já que todos feitos pela Funjope reservam cotas para PcD, até os nossos trabalhos cotidianos. Agora mesmo no Carnaval, na abertura do Folia de Rua com o show da Elba Ramalho, nós criamos uma área para PcD. Estamos montando no Cafuçu e também no Carnaval Tradição”, inicia o diretor executivo da Funjope, Marcus Alves.

Além disso, segundo ele, nesta segunda-feira (24), dia das Muriçoquinhas, o camarote da Prefeitura, por sugestão do prefeito Cícero Lucena, foi transformado em uma área de acessibilidade completa para cadeirantes, pessoas autistas, com Síndrome de Down e outras deficiências.

Marcus Alves lembra que esta iniciativa existe há três anos durante o Carnaval e, cotidianamente, nos eventos da Funjope, como Natal, São João, Festa das Neves, Réveillon e Forró Verão. Em todos eles há uma área PcD. “Além de ser uma exigência da lei, é um cuidado necessário que a gestão tem e a Funjope preza por essa responsabilidade social”, enfatiza.

O presidente da Associação Folia de Rua, Sérgio Nóbrega, afirmou que providenciar área de acessibilidade, cartilha em Braille e intérprete de Libras é um gesto natural da diretoria do Folia de Rua, a partir do diálogo com a Prefeitura de João Pessoa. “Sempre tivemos esse cuidado.Nós temos o bloco Portadores da Folia, que completa 33 anos agora. Então, só por isso já teríamos o compromisso com esses associados”, ressaltou.

Nesse olhar, conforme Sérgio Nóbrega, o Folia de Rua, junto com a Prefeitura e a Empresa Paraibana de Comunicação (EPC), produziram, pelo segundo ano consecutivo, uma cartilha com a programação em Braille.

O presidente do Folia de Rua lembrou que, nesta segunda-feira (24), entregou a cartilha ao ministro do Turismo Celso Sabino durante evento na sede da Empresa Paraibana de Turismo (PBTur). Ele afirmou que o assunto será discutido no Ministério do Turismo para que a iniciativa seja implantada em nível nacional, em todos os Carnavais e pré-Carnavais, dando a garantia de inclusão e acessibilidade.

“Nós também, respeitando a lei, colocamos nos blocos o intérprete de Libras durante as apresentações. Tivemos na abertura do Folia de Rua, com Elba Ramalho e Cátia de França, tivemos no Tambiá Folia e em todos os blocos. É mais um gesto de compromisso dessa gestão da diretoria do Folia de Rua com a Prefeitura e o Governo do Estado. É mais do que justo e merecido, porque essas pessoas também fazem a história do Folia de Rua”.

Nóbrega destacou a existência da área de acessibilidade. “Todas essas iniciativas fortalecem a inclusão, a acessibilidade e os direitos humanos. Ficamos muito gratos porque, em conjunto, Prefeitura, Funjope, Governo do Estado, EPC e Associação Folia de Rua, estão garantindo esses direitos que são de lei para as pessoas com deficiência. São gestões que trabalham em parceria para fazer um trabalho inclusivo, de fato. São pessoas que têm seus direitos e que curtem o Carnaval”.

De acordo com a organização da Via Folia, há um espaço de acessibilidade para até dez cadeirantes dentro do camarote Via Folia, pensado para transformar a participação das pessoas com deficiência num momento mais inclusivo.

A novidade para o próximo ano é que será montada uma plataforma exclusiva para PcDs fora do camarote, um pensamento que vem sendo ampliado em todos os eventos, garantindo conforto e boa visibilidade.