Programas estruturantes comprovam que em MS há mais oportunidades para melhorar de vida – Agência de Noticias do Governo de Mato Grosso do Sul

Indígena da etnia Terena, Daniel de Oliveira Ezidio, de 25 anos, está em Campo Grande para realizar um sonho: se tornar médico e poder atender os povos originários na comunidade em que nasceu, no município de Aquidauana, no Pantanal Sul-mato-grossense.

Aluno do 8º semestre de Medicina na UEMS, ele conta com o auxílio do Governo do Estado, por meio do programa Supera MS, para continuar estudando. “Tenho desejo de voltar para casa com essa prática que aprendi aqui, da Medicina, voltar para a comunidade, para a minha origem”, conta.

Com o objetivo de estimular a permanência dos estudantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica nos cursos universitários e de educação profissional técnica e reduzir a evasão escolar, o MS Supera paga bolsa de estudo de um salário mínimo mensal. E esse é apenas um dos programas da Sead (Secretaria de Estado de Assistência Social e dos Direitos Humanos) estruturados para promover a melhoria definitiva da vida das pessoas.

Antes de receber o benefício, Daniel precisava conciliar o estudo em período integral com o trabalho noturno. “No primeiro, segundo até o terceiro ano de faculdade eu trabalhava numa pizzaria. Saía daqui (da UEMS) e ia pra lá. Vinha para a faculdade de manhã e à tarde; e à noite ia trabalhar na pizzaria. Saía de lá meia-noite e pouco”, diz.

Hoje, ele pode se dedicar integralmente aos estudos. Aluguel e alimentação são pagos com o dinheiro da bolsa. Em todo o Estado, 1.897 estudantes recebem o benefício.

O acadêmico de Medicina é o orgulho da família. Foi o primeiro a ingressar no Ensino Superior e o exemplo dele já está sendo seguido pelos irmãos.

“Logo quando eu entrei na universidade minha mãe falou para Deus e o mundo. Nós somos sete filhos. Foi a realização de um grande sonho para a gente. Eu sempre falava para mim: sou o primeiro, mas não quero ser o último. Atualmente, a minha irmã está fazendo Pedagogia, o meu irmão está fazendo História. Eles acabaram também entrando no Ensino Superior. Eu sempre incentivei, falei para eles: vamos estudar”.

De paciente a médico

O estudante explicou que escolheu a Medicina depois de viver na pele o drama dos pacientes que viajam quilômetros, de madrugada, para fazer tratamento de saúde na Capital.

“Desde pequeno, sempre tive uma grande proximidade com a Medicina. A gente vinha com o que a gente chamava de ‘Busão da Saúde’, de Aquidauana. Vinha de madrugada pra cá porque eu tinha que fazer acompanhamento com um urologista desde pequenininho porque sofria com cálculo renal. Sempre tive essa proximidade e vendo as complicações que existem no ambiente da saúde acabei me interessando pela área”.

Mas se depender da vontade dele, agora o médico estará mais perto da comunidade indígena em Aquidauana.

E é por conta de programas como o MS Supera, além do crescimento econômico do Estado e da geração de empregos e renda, que o Atlas da Mobilidade Social, do IMDS (Instituto de Mobilidade e Desenvolvimento Social), mostrou que Mato Grosso do Sul é o estado brasileiro onde há mais chances das pessoas melhorarem de vida. O levantamento, divulgado em junho deste ano, afirma ainda que a probabilidade de concluir o ensino superior em Mato Grosso do Sul está acima da média nacional.

Outros programas

Não é só o MS Supera que está mudando a vida das pessoas. Os 39 mil beneficiários do programa Mais Social também recebem muito mais do que um auxílio financeiro para a segurança alimentar.

Eles têm a chance de melhorar de vida por meio de iniciativas como o MS Qualifica, que oferece diversos cursos totalmente de graça, e do Programa de Apoio à Mãe, Mulher Trabalhadora e Chefe de Família, que concede apoio financeiro para o pagamento de creche particular para as beneficiárias poderem trabalhar sabendo que os filhos estão em um local seguro.

Além disso, com a missão de fazer de Mato Grosso do Sul o 1º estado brasileiro a erradicar a extrema pobreza, equipes percorrem as ruas dos 79 municípios do Estado para incluir no Mais Social famílias em situação de vulnerabilidade e sem nenhum programa social. 

Os dados mostram que o Estado está no caminho certo. Levantamento do CLP (Centro de Liderança Pública) divulgado no fim de agosto, o Ranking de Competitividade revela que o estado tem o 3º menor percentual de domicílios com renda per capita inferior à linha de pobreza, que é de R$ 218. O IBGE revela a mesma realidade. A pobreza extrema em Mato Grosso do Sul caiu 25% de 2022 para 2023, retirando mais de 56 mil pessoas da situação de vulnerabilidade.

Com programas estruturantes que incentivam estudo e qualificação, Mato Grosso do Sul também é destaque na geração de empregos e renda. O Estado é o 2º em produtividade do trabalho e o 6º em qualificação dos trabalhadores, ainda de acordo com o Ranking de Competitividade dos Estados. 

De janeiro a julho de 2025, foram criados 26.755 novos postos de trabalho com carteira assinada em Mato Grosso do Sul, de acordo com o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), com saldo positivo em todos os grandes grupos de atividade econômica.

O destaque ficou por conta do setor de Serviços (+10.226), seguido por Construção (+5.479), Indústria (+5.029), Agropecuária (+3.677) e Comércio (+2.346). 

Os números revelam ainda que, em Mato Grosso do Sul, economia, geração de oportunidades e programas estruturantes de assistência social andam de mãos dadas. É o que exemplifica o governador Eduardo Riedel.

“A pobreza extrema e a pobreza elas têm que encontrar duas grandes coisas para dar a porta de saída. Primeiro, a oportunidade de trabalho, renda. E segundo o acesso. O acesso vem pela educação, por pegar na mão, por estruturar uma família, por dar oportunidades outras que não só o emprego e a renda”, diz.

Para a secretária de Estado de Assistência Social e dos Direitos Humanos (Sead), Patrícia Cozzolino, os próximos levantamentos irão mostrar uma queda ainda mais acentuada da miséria.

“Nós estamos fazendo história, tirando as pessoas da extrema pobreza. Invertemos a lógica dos programas sociais, que são estruturantes, indo atrás de quem mais precisa e dando oportunidade para que elas se desenvolvam e tenham oportunidades de aprendizado, qualificação, emprego e renda e possam construir uma nova vida”, finaliza.

Paulo Fernandes, Comunicação Sead
Fotos: Laucymara Ajala/Sead

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